A preocupação com a interação dos medicamentos homeopáticos com as fontes de campos eletromagnéticos ,de radiações, e de calor em geral é uma constante no dia a dia dos usuários da homeopatia. Telefones celulares , aparelhos elétricos, incidência direta da luz do sol e calor são exemplos disso e exigem uma vigília frequente.
Infelizmente, ainda não há trabalhos que permitam mensurar a magnitude de como tal interação pode comprometer a integridade da medicação, neutralizar seu efeito, enfim, alterá-la, e uma série de cuidados são recomendados aos pacientes.
Dentre tais situações de risco, cito a que rotineiramente acontece nos aeroportos: no embarque, somos submetidos a detectores de metais, emissores de campos magnéticos. Por sua vez, nossas bagagens são verificadas através de aparelhos de raios-x. Costumo oferecer aos viajantes uma carta da farmácia a ser exibida aos fiscais, explicando a questão e solicitando que as medicações homeopáticas sejam inspecionadas apenas manualmente. Pensando nas viagens internacionais, forneço a carta também em inglês, espanhol ou francês.
Uma vez que a homeopatia é amplamente conhecida no Brasil, observa-se respeito e colaboração por parte dos fiscais em nossos aeroportos, mas ainda se depende da iniciativa da farmácia ou do médico para garantir que a inspeção seja realizada corretamente.
No último ano, ganhamos um amparo nesta questão: a INFAERO ( Empresa Brasileira de infraestrutura aeroportuária) acatou uma antiga reinvindicação da AMHPR (Associação Médica Homeopática do Paraná) quando aos procedimentos de inspeção aplicáveis aos medicamentos homeopáticos.
A INFRAERO, através do seu órgão regulador, orientou que os medicamentos não devem ser expostos aos raios-x, devendo ser realizada inspeção manual como forma de reguardar as suas propriedades. Todos os aeroportos brasileiros foram orientados para atualizar os procedimentos de inspeção.
Confira no anexo abaixo o comunicado oficial da INFRAERO.
Quando for viajar, solicite-nos a carta e cópia deste documento, anexando-os à sua receita médica, e apresente-os aos fiscais no aeroporto.
Por: GIAN PAULO GONÇALVES BONACCORSI CRF-RJ-5150